Esta rubrica pretende dar-lhe a conhecer a rede de percursos pedestres da região Minho. Aproveite para fazer caminhadas no seio da Natureza, por lugares que fazem parte de um vasto e rico Património. Através das redes promovidas pelos municípios, parta à descoberta, partilhe a paixão pela Natureza e pratique exercício físico. Todos os meses, publicamos dois trilhos diferentes. Acredite que irá conhecer locais fascinantes!
TRILHO DOS MOINHOS E REGADIOS (TERRAS DE BOURO)
Este trilho que percorre o território da união de freguesias de Chamoim e Vilar, traduz-se num percurso rural que confere um reconhecimento da utilidade e valor das antigas redes viárias caídas em desuso, tais como os caminhos de pé posto e os caminhos agrícolas lajeados. As linhas de água, as levadas, os poços, os regadios e os moinhos-de-água, no seu conjunto, constituem autênticas relíquias da arquitetura popular de tempos remotos.
O Trilho dos Moinhos e Regadios Tradicionais inclui um pequeno troço da Via Militar Romana XVIII do Itinerário Antonino, mais conhecida por Geira, entre as milhas XXI e XXII. Em alguns pontos, ainda é possível observar restos da calçada e muros em alvenaria granítica.
DADOS TÉCNICOS
Distância: 8 km
Tempo: 04h00m
Dificuldade: Média
Pontos de interesse
-Igreja de Chamoim
– Fábrica “Água do fastio”
– Milha XXII
– Milha XXI
– Moinhos de água
TRILHO CASTREJO (MELGAÇO)
Inicia na vila de Castro Laboreiro, no cruzamento da Igreja (junto ao painel informativo). Desenvolve-se pelos antigos caminhos que remontam à idade média dos quais restam algumas antigas pedras de calçada e pontes de arco que ligavam as Brandas às Inverneiras. Estes núcleos populacionais constituem uma forma única de ocupação do território. As brandas são aldeias que estão em terras elevadas e soalheiras, mais adequadas para o tempo quente; e as Inverneiras constituem povoações que estão em vales abrigados e que permitiam aos Castrejos protegerem-se dos rigores atmosféricos do inverno na montanha. São caminhos repletos de história e de uma riqueza natural deslumbrante. Umas vezes cruzam-se frondosos bosques de carvalho; outras vezes matos rasteiros e floridos e, ainda, galerias ripícolas biodiversas. Percorre-se um território em que a ocupação humana se fez em estreita harmonia com o meio, o que modernamente se designa por “desenvolvimento sustentável”, mas que há muito é a forma de ser e de estar das populações castrejas na sua relação com a Montanha e a Natureza. Destaca-se um importante património cultural do qual é bom exemplo a ponte da Cava da Velha (B) (Monumento Nacional), o moinho, ponte e Capela de S. Braz. Junto desta última o moinho de água, utilizado no passado de forma engenhosa para moer os cereais, enriquecem ainda mais a paisagem. Ainda merecedora de atenção é a formação geológica designada “Bico de Patelo” (C). Os afloramentos graníticos constituem, também, uma imagem forte desta paisagem de montanha.
DADOS TÉCNICOS
Distância: 16,7 km
Tempo: 06h00m
Dificuldade: Difícil
Pontos de interesse
– Pântano da Ramisqueira
– Moinho Ponte e Capela de S. Brás
– Ponte Cava da Velha
– Inverneira de Curveira
– Bico de Patelo – Capela da Anamão
– Pena de Anamão
– Ponte das Cainheiras
– Ponte de Varziela
– Castelo de Castro Laboreiro