Trilhos

Trilhos

Esta rubrica pretende dar-lhe a conhecer a rede de percursos pedestres da região Minho. Aproveite para fazer caminhadas no seio da Natureza, por lugares que fazem parte de um vasto e rico Património. Através das redes promovidas pelos municípios, parta à descoberta, partilhe a paixão pela Natureza e pratique exercício físico. Todos os meses, publicamos dois trilhos diferentes. Acredite que irá conhecer locais fascinantes!

Trilho Megalitismo de Britelo (Ponte da Barca)

O percurso que tem início na povoação de Mosteirô na freguesia de Britelo, desenvolve-se na Serra Amarela tendo por tema o megalitismo e a arte rupestre. Tome a Rua do Portal e através de caminhos vicinais saia da aldeia dirigindo-se aos campos agrícolas do lugar. Progressivamente, a paisagem cultivada dá lugar à floresta e aos planaltos da Amarela. Pouco depois, chegará ao Vale da Coelheira onde poderá observar um conjunto de monumentos megalíticos. Atravesse o vale e siga o caminho carreteiro até à linha de água. Passe a linha de água e suba até à portela em frente; passado estes, estaremos na Chã de Cabanos, um outro núcleo megalítico desta Necrópole de Britelo. Deste conjunto de monumentos destaca-se a Lapa da Moura, uma anta que emerge na paisagem, por ter perdido o tumulus que a rodeava e escondia. Será um dos maiores monumentos funerários megalíticos da Serra Amarela. Tomando de novo o caminho alcançará em pouco tempo o desvio de acesso às gravuras da Chã de Cabanos. Aqui, neste afloramento granítico, encontrará um núcleo de gravuras onde prevalecem as fossetes e os motivos cruciformes que revelam uma longa ocupação desde a pré-história às épocas possivelmente medievais. Siga pela estrada florestal até chegar a um bosque, associado a alguns socalcos abandonados e a muros de pedra solta em ruínas, que em tempos foram viveiros florestais. É a altura ideal para uma pausa de descanso e observação. Repare no bosque onde predominam o carvalho alvarinho, o castanheiro, o vidoeiro e o pinheiro bravo. Retome o percurso até à Chã da Escusalha. Aqui encontrará um grupo de antas tendo uma sido reaproveitada como abrigo de pastores. No extremo oposto da chã, tome um caminho de pé posto até à Ribeira da Abelheira. Continue, agora pela margem direita da ribeira, seguindo o trilho de pé posto encontrará exemplares de património da Idade Moderna: ruínas de moinhos, uma silha (construção circular em pedra para protecção das colmeias), os primeiros muros e tanques de água dos campos de cultivo alcançando a Lameirada, e posteriormente a poça de rega de Mosteirô, já perto do final deste percurso que terminará no centro do lugar.

Dados técnicos

Distância 6,8 km

Tempo 02h30m

Dificuldade Fácil

Pontos de Interesse

– Lugar de Mosteirô

– Ribeira da Abelheira

– Vale da Coelheira

– Anta da Lapa da Moura

– Chã dos Cabanos

– Gravuras rupestres

– Abrigo de pastor

– Chã da Escusalha

Pelos trilhos do Monte do Facho (Barcelos)

Partindo da Capela de S. Lourenço em Alheira, local de culto e de lazer, segue se por caminhos ladeados por sobreiros e carvalhos em direção à Capela da Senhora do Facho, um local de forte devoção e de peregrinações emblemáticas, das quais se destaca a peregrinação anual, realizada no primeiro domingo de julho. Pelo caminho é dada a oportunidade de visitar o penedo do sino, a eira comunitária, a loja das cabras ou a fonte verde que ficam junto ao traçado do percurso e que rememoram a importância deste Monte para as comunidades locais noutros tempos. Junto à Capela de Nossa Senhora do Facho, situada num oásis florestal predominantemente autóctone, além de visitar a Capela, é possível calcorrear os vestígios de uma citânia da Idade do Ferro, à qual muitos arqueólogos atribuem a origem da tradição olárica de toda esta região. Deslumbre-se, ainda, com uma das melhores vistas do Minho, numa espécie de anfiteatro panorâmico sobre o vale do Cávado. Neste local, é de destacar, ainda, o curioso monumento erigido em 1942 em homenagem ao Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira. No sopé do monte já na freguesia de Galegos Santa Maria, onde supostamente nasceu o emblemático Galo de Barcelos, depare-se com o “Balneário Castrejo da Pena Grande”, monumento da Idade do Ferro destinado a banhos e para práticas do tipo “sauna”, considerado um dos melhores exemplares neste registo na Península Ibérica. É classificado como Monumento Nacional desde 1986. Em Roriz, o percurso percorre caminhos rurais, e destacam-se os recantos proporcionados por alguns ribeiros e capelas. O traçado na ligação de Roriz a Alheira, que nos leva de volta à capela de S. Lourenço, é conhecido como o caminho da galega. Este troço é marcado pela excelência da vegetação que proporciona momentos de pura tranquilidade e frescura. A capela de S. Lourenço é, todos os anos, palco de uma curiosa romaria em honra de S. Lourenço e S. Silvestre, no dia 10 de agosto. Este é um dos percursos mais emblemáticos do concelho, pois reúne a excelência da natureza, o património religioso ainda muito vivo na comunidade e sítios arqueológicos de relevante valor.

Dados técnicos

Distância 10,8 km

Tempo 03h30m

Dificuldade Algo Difícil

Pontos de Interesse

– Capela de S. Lourenço

– Capela da Senhora do Facho

– Vestígios da Citânia Facho

– Memorial a Dom Nuno Álvares Pereira

– Miradouros/paisagem sobre o vale do Cávado

– Balneário Castrejo da Pena Grande

 

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