Esta rubrica pretende dar-lhe a conhecer a rede de percursos pedestres da região Minho. Aproveite para fazer caminhadas no seio da Natureza, por lugares que fazem parte de um vasto e rico Património. Através das redes promovidas pelos municípios, parta à descoberta, partilhe a paixão pela Natureza e pratique exercício físico. Todos os meses, publicamos dois trilhos diferentes. Acredite que irá conhecer locais fascinantes!

TRILHO DAS AZENHAS DE ANTAS (ESPOSENDE)

Este percurso tem início junto ao parque de merendas de Azevedo, na freguesia de Antas, no Concelho de Esposende. É um itinerário cheio de património, seja ele, arquitetónico, religioso, arqueológico, cultural, etnográfico e natural. O nome surge pelos diversos engenhos que se vão encontrando ao longo do Rio Neiva, que outrora laboravam para moer cereais e cortar madeira. Hoje, com outros fins, assumem outro perfil, mais vocacionado para o turismo e continuam a encantar quem por ali passa, pois são adornos nos nichos bucólicos da paisagem fluvial. 

DADOS TÉCNICOS Distância: 12,5 km Tempo: 04h30m Dificuldade: Fácil

Pontos de Interesse

– Capela de S. Cristóvão – Capela de Santa Tecla – Engenho de Santa Tecla – Azenha do Sebastião (ou da Guilheta)

– Azenha da Carvalha – Alminha de N. Srª da Boa Viagem

– Azenha e levada do Minante – Menir de Antas

– Cruzeiro Paroquial – Igreja Paroquial de Antas

– Capela de S. João – Rio Neiva – Praias fluviais

– Paisagem dunar – Estuário do Neiva.

TRILHO DO CAMINHO DOS MORTOS (MONÇÃO)

O nome do trilho deve-se ao fato de, antes da construção das novas vias rodoviárias, os funerais, desde os lugares mais montanhosos até à igreja paroquial, se fazerem por este caminho. Os finados eram transportados em carros de bois, demorando horas até chegar à Igreja Paroquial. Além desta particularidade, podem-se encontrar, ao longo do percurso, vestígios das primeiras civilizações que assentaram nesta região, no 4.º milénio A.C., mais especificamente a Mamôa do Cotinho, um monumento funerário coletivo e local de culto, onde eram depositados os mortos. Tem cerca de 30 metros de diâmetro, com violação central muito pronunciada, sendo visíveis vestígios da couraça pétrea e alguns esteios. Nesta freguesia, uma das mais populosas do concelho de Monção, encontra-se a Igreja de Merufe que, após várias reformas, ainda conserva o rasgado da porta que comunicava com o antigo convento. À entrada, existe uma antiga pia batismal. O exterior é românico, tendo-lhe sido acrescentada uma torre no século XVIII. Hoje, a povoação é dominada pelo belo edifício da junta de freguesia. Inaugurado em 22 de setembro de 1992, resultou da recuperação e aproveitamento de um antigo celeiro. Trata-se de uma obra feita em pedra da região e por artistas da freguesia, que se evidencia pelo seu aspeto monumental e funcionalidade dos serviços. O Trilho do Caminho dos Mortos atravessa a Serra de Anta, com uma deslumbrante paisagem entre bosques e pontos de visualização de beleza singular. A paisagem envolvente, que o percurso nos oferece, é tipicamente serrana e caracterizada por zonas mistas, alternando entre povoamentos florestais de resinosas, na serra, e por áreas adjacentes aos rios e ribeiros, onde podemos encontrar uma grande diversidade de plantas e espécies de animais. A Serra da Anta, como o próprio topónimo indica, tem vários monumentos megalíticos, sendo que a grande maioria já foram danificados e violados, ao longo dos tempos, quer por trabalhos de reflorestação da serra. A Mamoa do Cotinho faz parte deste grupo de monumentos megalíticos. Já não possui mesa nem grande parte dos seus esteios, contudo destaca-se na paisagem num local idílico de ciprestes. 

DADOS TÉCNICOS Distância: 12,5 km Tempo: 05h00m Dificuldade: Moderada

Pontos de Interesse

– Núcleo Rural de Arado

– Núcleo Rural de Bouças

– Mamoa de Cotinho

– Núcleo Rural de Cernadas

Trilho do Caminho dos Mortos