“Being powerful is like a lady, if you have to tell people you are, you aren’t”. Esta é uma citação de Margaret Tatcher, antiga primeira ministra do Reino Unido. Foi-o numa época em que ser mulher, num lugar de visibilidade e poder, era um desafio acrescido. O resultado da emancipação das mulheres espelha-se nos lugares sociais conquistados e, quanto mais discretamente vão
sendo ocupados, mais impacto e diferença causam na postura da sociedade.

Não restam dúvidas de que, até para enfrentarmos os novos desafios, temos de estar fortalecidos e preparados. Registamos a evolução em aspetos fundamentais, em áreas tão essenciais como a educação, a saúde, o emprego ou as finanças, mas precisamos de nos vislumbrar por todas estas áreas?

De um momento para o outro é-nos pedida uma opinião e dizemos sempre qualquer coisa mesmo que o assunto nos seja desconfortável.

Como ter mais confiança num discurso curto, encorpado, com uma narrativa, muitas vezes, de improviso? Contar uma história requer técnica.

As histórias estabelecem uma relação entre quem narra e quem ouve. Inspiram o ouvinte a envolver-se e a fazer parte da história. Quando as histórias envolvem as partes e transmitem conteúdo comovente, quando são contadas com sentimento, o ouvinte sente um vínculo emocional com o narrador. Cria empatia com o que se está a transmitir.
E como se pode preparar para ser um orador de excelência? São 5 os pontos que gostaria de destacar.

Fale sobre algo que sabe: Escolher um tema com o qual se sente à vontade facilitará o seu desempenho, dado que não precisa de forçar a sua memória para recordar todos os detalhes.

Partilhe a sua experiência: Quando falamos sobre a nossa experiência estamos a contar uma história, a nossa história.

Mostre a sua paixão: As emoções são contagiosas! Descubra a sua paixão pelo tema e não tenha receio de a demonstrar.

Torne o conteúdo relevante para a audiência: O discurso pode ser bem-apresentado, mas, se não for relevante para a audiência, depois das primeiras frases, vai perder a sua atenção.

Prepare a sua mensagem: Benjamin Franklin disse: “Falhar em preparar-se é preparar-se para falhar.” Quanto mais fácil parece a apresentação, mais anos de prática existe. É como em qualquer outra profissão: tornar algo fácil exige muito treino.

Procure feedback: Muitas vezes não temos consciência das nossas muletas ou pequenas coisas que podemos melhorar. É preciso um olhar externo para as identificar. Olhe à sua volta, há histórias em toda parte. Estas são a chave para atrair o público e conectar-se emocionalmente. Falar é uma questão de opção, é ter a oportunidade de expor escolhas, concentrando-nos num dos lados da mensagem, e que este seja o lado positivo!

Lúcia Ereiras, técnica superior e membro do Braga Toastmasters