Opinião

Tão simples, porém tão complexo

Carolina Galeão Figueiras
Marketeer e voz do podcast Ideias a Mais (www.ideiasamais.pt)

…E se houvesse algo que nos tornasse mais alerta, mais sábios, mais conectados connosco e com o mundo? Algo que nos permitisse ter mais disposição, atenção, mais clareza e mais energia? Gratuito e, melhor ainda, sem sequer precisarmos de mexer “uma palha”? A meditação é o antídoto para todas as coisas que nos impedem de meditar – pensem bem nisto, porque vale a pena. A ciência já confirmou e reconfirmou: pode reduzir o stress, diminuir a ansiedade, melhorar a memória, fortalecer o sistema imunitário, baixar a tensão arterial, aumentar a concentração, até mudar fisicamente o cérebro, aumentar a neuroplasticidade e fortalecer as áreas responsáveis pelo autocontrolo e pelo bem-estar. Há estudos que mostram que pessoas que meditam regularmente lidam melhor com a dor, sentem-se mais felizes e até dormem melhor. Apesar da meditação exigir literalmente nada além de existir, meditar implica o maior desafio de todos: parar. Deixar de correr de um lado para o outro, de saltar entre tarefas, de estar sempre ligado, a mexer em qualquer coisa, sempre a tentar resolver mais um quebra-cabeças. Implica sentar e enfrentar o que quer que esteja dentro de nós naquele momento – o caos, o tédio, a impaciência, o cansaço. Um profundo aborrecimento constante que não permitimos existir. Talvez seja exatamente por isso que funcione. Talvez por isso seja tão difícil de incluir nos hábitos. Quem medita regularmente diz que se sente melhor. Porque não é só sobre relaxar; é sobre criar um espaço, ainda que pequeno, onde podemos simplesmente ser. E talvez, com o tempo, isso nos torne não só mais calmos, mas mais inteiros. Vou tentar. Hoje, amanhã, depois. Nem que sejam só cinco minutos. Se alguém aí estiver na mesma luta, convido-vos a tentar também. Afinal, o pior que pode acontecer é… nada. E o melhor… bem, a ciência já nos disse.

Deixar comentário

error: Content is protected !!