Finanças

A gestão financeira a dois

Carina Meireles

Consultora Financeira

Aprender a gerir o dinheiro é uma competência essencial e, quando se trata de uma gestão a dois, torna-se ainda mais importante que esta seja bem estruturada e ajustada ao rendimento do agregado familiar. Uma coordenação eficaz é fundamental para evitar surpresas e estar preparado para despesas imprevistas. É essencial iniciar cedo as conversas sobre finanças em conjunto, promovendo uma abordagem colaborativa que permita uma aprendizagem contínua e mais eficiente, baseada na partilha e no entendimento mútuo.

E porque é que é importante planear a dois?

Se uma nova fase da vida se aproxima a dois, há muita coisa em que pensar e a gestão financeira não pode ficar esquecida! Há que planear tudo, até mesmo antes da mudança, para garantir que tudo vai correr pelo melhor. Para isso, é importante saber em conjunto, como podem e devem tomar as melhores escolhas. Para isso aqui ficam algumas dicas:

1)  Poupar a dois

É importante a criação de uma poupança programada mensal, onde definem os dois um valor acordado que será debitado da conta à ordem, com um objetivo comum, que pode ser por exemplo, umas férias. Com a motivação e valor mensal a dobrar vai ser mais rápido lá chegar. É importante a criação de objetivos em conjunto, mas também individualmente, para isso, é fundamental uma adequada gestão financeira, para que seja possível chegar onde pretendem chegar, sabendo o que é necessário e como fazer para atingirem as metas propostas.

 2)  Dividir responsabilidades

Para que a vida financeira seja equilibrada e bem organizada, é necessário que as finanças caminhem na direção certa. A gestão das finanças a dois deve ser bem planeada e nada melhor do que começar da melhor maneira com a divisão de responsabilidades no que diz respeito a despesas. Devem analisar bem o rendimento bruto de cada um e assumirem compromissos e responsabilidades de organização nas contas. Para ajudar podem criar uma lista de todas as despesas que têm ou passarão a ter mensalmente (renda, água, luz, alimentação, etc) e depois das contas feitas dividirem da forma mais justa, que pode ser, por exemplo, de acordo com o rendimento de cada um. Mensalmente devem avaliar se tudo corre conforme previsto, para evitar desvios e partilharem como correu o mês.

3)  Conversar abertamente sobre dinheiro

Falar sobre dinheiro deve ser normal, num café a dois ou num lanche onde podem e devem começar desde logo a criar esse hábito, para que permaneça no tempo e ajude a conseguirem tomar as melhores e mais acertadas decisões financeiras nas várias etapas da vida a dois. 

4) O Fundo de emergência

Mesmo para um casal, é importante que comecem a pensar em estruturar um Fundo de Emergência, que significa ter um montante sempre disponível para fazer face a imprevistos presentes e que pode ser iniciada com a poupança programada, podendo ser uma bela forma de começar a ter esta fundo de emergência, como um dos objetivos a concretizar em conjunto.

Quando iniciamos uma vida a dois, devemos olhar para o futuro e no presente fazer de tudo para que esse mesmo horizonte seja promissor, e mesmo quanto às finanças não pode ser exceção. Muitas são as pessoas que acabam por não falar abertamente sobre dinheiro e isso é das coisas mais importantes a fazer também numa relação a dois, para que essa abertura permita gerir todo um caminho que passará a ser feito em conjunto, e que quanto mais transparência e abertura houver mais frutos vão colher no futuro.

Fazer tudo com tempo e preparar bem a mudança a dois, pode fazer a diferença. Falar de dinheiro é um passo importante e fundamental, para que o futuro seja próspero para o casal.

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