Recusando repetir fórmulas de tema para tema, os Kiltër surgiram em 2019, depois de transformarem em canções algumas experiências eletrónicas que estavam na gaveta. Foi assim que nasceu o EP “Smile Or Die”.
Com Nuno Faria no baixo e no sintetizador, Ricardo Sá Fernandes na guitarra, Mariana Miranda da Silva nos sintetizadores, samples e programação, João Rodrigues na bateria e João Pedro Costa a dar voz, mas também na guitarra e nos sintetizadores, os Kiltër acabam por se vestir, sem querer aplicar rótulos, na pele de um rock eletrónico experimental.

“Melancolicamente irreverente” é a melhor expressão para nos referirmos à melodia que percorre “Smile Or Die” do início ao fim, deambulando entre a cristalinidade e a distorção dos sons. «De alguma forma os temas partem quase sempre de pequenos trechos de electrónica, há um carácter experimental sempre que tentamos, nem sempre com sucesso, transferir estes ambientes para uma formação mais ou menos convencional de uma banda de rock. Acabam por ser estas texturas o mote e inspiração para os temas, mas também a própria realidade, tal e qual como nos é apresentada», revelou a banda em entrevista à Minha. Desta explosão de sons, resultante de um cruzamento doseado entre o eletrónico, o orgânico e o rock, culmina um EP que nos faz realmente viajar por novas sensações. «Durante as sessões de gravação decidimos que não queríamos um som demasiado polido, esse foi sem dúvida o grande desafio, uma vez que o ponto de partida eram os tais trechos que haviam surgido num ambiente totalmente controlado. Apontamos então para um sentido mais orgânico, queríamos captar o momento». De referir que esta onda sensorial também ecoa no “Smile Or Die Remixes”, publicado em 2020 e que se encontra disponível nas plataformas digitais, a par do EP “Smile or Die”.