À primeira vista o nome do novo álbum do Homem Em Catarse pode originar interpretações distorcidas. “Sete Fontes” deve-se às sete músicas que compõem o álbum, mas é, fundamentalmente, uma forma de imortalizar as memórias do parque por onde Afonso Dorido costumava deambular. Já a composição do novo disco é um reflexo das ruas da cidade de Braga, várias vezes percorridas pelo artista durante o confinamento, onde a cada canto espreitava a melancolia e o vazio. “Sete Fontes” saiu a 30 de abril de 2021 e está disponível em formato digital, em cassete e em vinil.
Com o contributo de Francisco Oliveira e mistura de Budda Guedes, nasce a nova obra espiritual do multi-instrumentalista Afonso Dorido, contando com piano, field recordings e sintetizadores. Do pêndulo da sé à rua do souto deserta pairamos como sombras perdidas numa cidade fantasma que nos leva a viajar pelos momentos outrora vividos e por gente que já não a percorre.
Trata-se de um disco completamente diferente do que estamos habituados por acolher, pela primeira vez, o Homem Em Catarse sentado em frente a um piano. O mesmo não se pode dizer da sua essência que, sem fugir à regra, está repleta de uma emoção que lhe é já característica.
De referir que Afonso Dorido começou a tocar guitarra clássica aos 14 anos e, desde então, tornou-se multi-instrumentista, havendo já lançado múltiplos mapas sonoros que vale a pena percorrer.