Quem nunca chorou vezes sem conta a ver o “Marley & Eu” e desejou poder alterar o final da história? A verdade é que os nossos guardiões apesar de serem uns verdadeiros heróis, não são imortais. Resta-nos aceitar o ciclo da vida e ajudá-los a viver a fase sénior da melhor forma possível. O segredo está em proporcionar-lhes conforto, estímulos adequados à idade e, acima de tudo, muito amor.
De uma forma geral, a idade que marca o início da fase sénior do nosso cão varia consoante a raça, mas é importante ter em mente que, tal como os humanos, os nossos cães são seres individuais e devem ser avaliados como tal. Os cães de raças grandes são seniores mais cedo, normalmente a partir dos sete anos de idade. Já os cães de porte pequeno são considerados idosos a partir dos 10. Quanto aos quatro patas sem raça definida, estes têm uma tendência para envelhecer mais tarde do que os de raça pura. Para entender se o seu companheiro de vida chegou a esta fase, o ideal é estar atento aos sinais enviados, que passam pela redução do nível de atividade, pela alteração na resposta a determinados estímulos, pelo aumento da ansiedade, por uma certa confusão mental e perda de memória, por uma alteração no ciclo do sono e nas relações sociais, havendo uma tendência para preferirem o “isolamento”.
Se o seu canino passou no teste, damos-lhe quatro dicas simples que podem melhorar consideravelmente o seu dia a dia:
1. Jogos com a comida: o olfato é sempre o sentido mais apurado dos cães. Jogos de busca com pequenas quantidades de comida é uma excelente maneira de os estimular;
2. Ambiente estimulante: Apesar da idade devemos continuar a levar os nossos cães a locais interessantes, que possam utilizar os sentidos e, se for algo que ele aprecie desde jovem, conviver um pouco com outros animais ou pessoas;
3. Marcação ambiental com odores, sons e luz: podemos identificar locais importantes para o seu dia a dia com odores diferentes (velas, ervas aromáticas), perfume ambiente, etc); utilizar sons ambiente, facilmente retirados da internet, para reduzir a ansiedade e diferenciar locais; manter uma luz de presença para reduzir a confusão espacial no escuro, que aumenta com a idade;
4. Exercício físico e brincadeira: é fundamental continuar com as brincadeiras que o seu animal gosta desde pequeno e os passeios diários, mas é obviamente necessária uma adaptação às limitações físicas e cognitivas.