Filmes

Óscares 2020 e não só: os favoritos da Revista Minha!

No nosso E-Book de Primavera sugerimos-lhe vários filmes, alguns dos quais nomeados para os Óscares 2020. Hoje falamos-lhe um pouco dos nossos preferidos e ainda lhe sugerimos mais dois que, apesar de não terem sequer sido nomeados, vale mesmo a pena ver!

Parasitas

Depois da Palma de Ouro em Cannes, ganhou o Óscar de Melhor Filme e nós achamos muito bem! “Parasitas” tem um argumento incrível e atuações brilhantes que nos agarram ao ecrã do primeiro ao último segundo. A miséria sul-coreana contrasta com a riqueza da alta sociedade com pequenos pormenores que tanto nos fazem sorrir de empatia como perceber que é impossível a história correr bem… Um casal pobre com dois filhos jovens luta para sobreviver através das mais diversas falcatruas enquanto um casal rico e aparentemente perfeito luta com os seus próprios dramas. As vidas de todos vão acabar por envolver-se de forma muito próxima e determinante num argumento que oscila entre a comédia e a tragédia, levando qualquer espectador a uma importante reflexão: será a nossa vida obrigatoriamente determinada pelas circunstâncias que nos rodeiam?

 

O Irlandês

Dizer que é dirigido por Martin Scorsese provavelmente já o faria querer assistir a “O Irlandês“. Quando a Scorsese se juntam Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci, é altura de ir buscar as pipocas! O argumento é inspirado no livro “I Heard You Paint Houses”, de Charles Brandt, que narra a história real de Frank “O Irlandês” Sheeran (aqui representado por De Niro). Frank é um veterano da 2ª Guerra Mundial acusado de envolvimento com a máfia e de ter participado num dos crimes mais emblemáticos dos EUA: o desaparecimento do líder sindical Jimmy Hoffa (Pacino). Este é o filme mais longo de Scorsese, dura 3h30 minutos! Sim, é muito tempo, mas só pela tríade já vale a pena. Um filme excelente para quem é fã de “Os Sopranos”.

 

 

Era Uma Vez… em Hollywood

Ou se ama, ou se odeia! Por aqui adoramos e recomendamos “Era Uma Vez… em Hollywood“. Rick Dalton (DiCaprio) é um ator cuja carreira já viu melhores dias e que, juntamente com o seu duplo e amigo de longa data Cliff Booth (Brad Pitt), chega a Hollywood determinado a viver e vencer. O que Rick não espera é ver o seu destino entrelaçado com o de algumas pessoas bem conhecidas por nós, como Sharon Tate, na altura grávida do cineasta Roman Polanski, e… Charles Manson, obviamente. Esta é uma comédia cheia de melancolia e que nos mostra um filme maduro de um Tarantino com ainda mais maturidade: nada neste filme é fácil, as mensagens não nos são diretamente entregues, têm mesmo de ser descobertas. Vale a pena fazer algum trabalho de investigação antes de ver!

 

 

Joker

Outro filme brilhante e que valeu a Joaquin Phoenix o (merecido) Óscar de Melhor Ator. “Joker” mostra-nos a evolução do “homem” até ao “monstro” que conhecemos dos filmes de Batman. É possível sentir empatia por um vilão (ou anti-herói?) e Joker mostra isso muito bem: nunca mais veremos os filmes com o herói de capa negra com os mesmos olhos! O estigma da doença mental e a determinação das nossas vidas pelo contexto que nos rodeia são aspetos aqui abordados com mestria. A indiferença que nos assola em vários momentos da nossa vida e a certeza de que ninguém é perfeito dá que pensar: quantas vidas já destruímos com a incapacidade de olhar para além do nosso umbigo? Neste não lhe dizemos para preparar as pipocas porque provavelmente serão indegestas: Joker é filme para lhe dar um murro no estômago!

 

 

1917

Mais um filme sobre a Primeira Guerra Mundial? Sim. E vale a pena ver? Sim! 1917 traz-nos uma perspetiva diferente sobre acontecimentos que já todos conhecemos: numa corrida contra o tempo dois amigos têm uma missão que parece impossível, mas cuja resolução irá ajudar a salvar milhares de vidas. Irão conseguir? 1917 tem uma fotografia brutal que engole os espectadores. Prepare-se para alguns sobressaltos e para ter vontade de saltar do sofá para ajudar os heróis. Um filme de guerra que é sobre muito mais do que a guerra e que nos mostra como a resiliência e o amor, quando postos à prova, não têm limites.

 

 

 

Mulherzinhas

Esta é, nada mais, nada menos, do que a oitava adaptação cinematográfica da obra “Mulherzinhas“, de Louisa May Alcott. É um filme saudosista para quem já conhece o livro e que explora a vida das irmãs March, nos anos 1860, na Nova Inglaterra, durante e após a Guerra Civil Americana. Jo March é a protagonista, uma mulher diferente das do seu tempo e que nunca desistiu de lutar por aquilo que a fazia feliz, mesmo que não fosse o convencional. Um filme que nos mostra que todos temos direito a sonhar, ao nosso lugar ao sol e a sermos felizes. Mas nada disso vai acontecer sem luta…

 

 

Jojo Rabbit

Jojo é um rapazito de dez anos que vive em plena Segunda Guerra Mundial e que sonha servir o seu maior herói: Hitler. Pois… Um menino que tem Adolf Hitler como ídolo e amigo imaginário e que mal pode esperar para se tornar membro da Juventude Hitleriana terá salvação? O que acontecerá quando se apercebe que a própria mãe esconde uma rapariga judia dentro de casa? “Jojo Rabbit” é tudo de bom e tanto nos faz rir à gargalhada, como nos faz ter vontade de verter umas lágrimas. Uma sátira incrível sobre uma época que ceifou milhares de vidas inocentes e corrompeu muitas outras.

 

 

 

Knives Out

Quem não gosta de um bom mistério à Sherlock Holmes? O escritor policial Harlan Thrombey convida toda a sua família para comemorar o seu 85º aniversário na sua sumptuosa mansão. Como todas as famílias, esta também tem o seu quê de disfuncional, por isso a convivência entre os seus elementos nem sempre é fácil. O maior problema surge quando, na manhã após o aniversário, a empregada doméstica de Harlan, a humilde Fran, o encontra morto no seu escritório. Quem matou o famoso autor de policiais? O detetive particular Benoit Blanc (Daniel Craig) é o único que poderá ajuda a resolver este mistério em que, como habitualmente, nem tudo o que parece o é!

 

 

Farewell

Quando a família de uma idosa muito amada e querida por todos descobre que ela possui apenas mais algumas semanas de vida, os seus elementos decidem não informá-la sobre o diagnóstico. Aqui cruzam-se os valores das tradições que nos ajudam a viver com a transparência e verdade devidos a todos. Quando é legítimo atropelar um valor por respeito a outro? Os filhos e netos da paciente chegam ao cúmulo de organizar um casamento de última hora para que todos os parentes – até os mais distantes – possam vê-la uma última vez… sem que muitos saibam de verdade porque estão ali. Uma tragicomédia que aborda as diferenças culturais entre a América e a China mas que retrata, sobretudo, o poderoso antídoto para tudo que uma família consegue ser.

 

 

Togo

O facto de William Dafoe ser o protagonista desta história já nos deu vontade de vê-la. Quando soubemos que era baseada em factos reais, passamos a apreciar o filme de outra forma. Togo retrata-nos a empreitada de um cão subestimado e que o Homem quase ditou que fosse morto à nascença. Quando uma pequena população no Alasca se vê a braços com uma epidemia que está prestes a matar todas as suas crianças, Togo e o seu dono, Seppala, são os únicos que as podem salvar. Para isso têm que fazer uma longa viagem e enfrentar a tempestade das suas vidas. De notar que Togo foi considerado o animal mais heróico do mundo pela revista Time em 2011. Depois deste filme, passou também a ser o nosso herói!

 

 

 

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