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Comida crua, ou não? Eis a questão!

Já ouviu falar em BARF? “Biologically Appropriate Raw Food” é a nova tendência de dieta para cães e está a ganhar popularidade.

Esta dieta consiste em dar uma refeição ao seu cão com carne, órgãos, ossos, vegetais, fruta e ovos crus. 

Os donos dos animais começam a perceber que não têm qualquer controlo na ração que dão aos amigos de quatro patas. Várias rações contêm conservantes e produtos químicos que podem prejudicar a saúde. Há ainda o risco de desenvolverem reações alérgicas com determinados aditivos que são colocados.

De referir que existem estudos que explicam que é utilizado um “calor excessivo” na produção de alimentos, o que destrói e reduz nutrientes, como vitaminas, minerais e enzimas.

Há então a preferência de tornar a alimentação o mais natural possível.

A dieta BARF foi criada pelo veterinário australiano Ian Billinghurst, no início dos anos 90. 

Muitos veterinários e profissionais ligados à área defendem que se trata de uma alimentação mais natural, estando muito próxima daquilo que os cães comiam na natureza.

Há várias vantagens apontadas como a fácil digestão de alimentos, maior hidratação, melhoria da saúde da pele e do pelo, dentes mais limpos e menor hiperatividade. 

A principal desvantagem associada a esta alimentação é a possibilidade de haver infeções. O facto de a carne não ser cozinhada potencia o risco de se tornar uma fonte de infeção, como bactérias e parasitas que poderão ser transmitidos aos humanos.

Relativamente a esta situação, existem profissionais da área que, por outro lado, defendem que com a ração normal, os grãos mal digeridos podem criar bactérias produtoras de toxinas no intestino grosso que podem despoletar substâncias nocivas através da parede intestinal para a corrente sanguínea.

Existem várias formulações comerciais sobre esta dieta, no entanto pode ser elaborada em casa pelos tutores. Há receitas desenvolvidas para cada tipo de cão, consoante a raça, idade e peso. O formato mais comum de venda desta comida é congelada.

Na maioria dos casos há a inserção de suplementos com vitaminas, minerais, ácidos gordos essenciais e probióticos de forma a criar refeições completas.

No caso de ser aplicada esta dieta e a comida ser feita em casa, o maior desafio dos donos é criar refeições equilibradas com a quantidade certa de proteína, fibra, minerais e vitaminas.

A dieta só pode ser aplicada se houver um ajuste a cada cão e com os conselhos dos médicos veterinários. É aconselhada a realização de check-ups regulares. Esta alimentação, terá de ser introduzida aos poucos, avaliando sempre a reação do animal.

Há determinadas situações onde não é aconselhável adotar esta alimentação como em animais que estão a fazer quimioterapia, que tenham doenças que influenciam o sistema imunitário e animais com pancreatite ou diabetes. 

Nas casas com pessoas com um maior risco de contrair infeções, como crianças pequenas, idosos e doentes também tem de haver um cuidado redobrado. 

De realçar ainda que é necessária atenção nos cães mais jovens na questão da proporção incorreta de cálcio e fósforo.

 

 

 

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