A lagarta do pinheiro é uma praga em Portugal. Até maio estes insetos saem do pinheiro e enterram-se no solo para continuar o desenvolvimento.
O contacto deste inseto com os cães é muito perigoso e pode ser até fatal. A lagarta do pinheiro tem recetáculos com pelos urticantes com substâncias tóxicas que provocam reações graves.
Nas zonas onde há a lagarta do pinheiro, é importante que não haja qualquer contacto.
Para além do pinheiro bravo, ataca outros pinheiros como o silvestre, o laríceo, o manso, o insígne, e o pinheiro de alepo, assim como Cedrus Atlântica, Cedrus Deodara e Cedrus do Líbano.
As também chamadas processionárias chegam a ter até cinco metros de comprimento. As lagartas mexem-se em jeito de “procissão”, umas atrás das outras.
No caso de desconfiar que o seu cão tenha tocado no inseto, há vários sintomas a ter em atenção como alterações na língua (aumento do volume, mudança de cor), o focinho inchado, salivação excessiva, comichão na face, vómitos, falta de apetite e apatia.
A língua costuma ser a parte do corpo mais afetada, porque o animal usa-a para explorar o inseto. Trata-se de uma questão de segundos onde o cão está normal e depois do contacto pode passar a estar em perigo de vida.
Se observar alguma reação, desloque-se de imediato ao veterinário. Um atendimento rápido pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Em casos considerados ligeiros, a recuperação pode demorar dez dias. Em casos mais graves terá de ser necessária a hospitalização e, nos muito graves, a remoção de tecidos mortos.
Segundo o portal Saúde Animal 24, as crianças e os cães são os principais afectados.
“Se vir ninhos de lagarta do pinheiro deve tomar as medidas de controlo necessárias”, alertam.
O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas indica que o inseto pode dispersar-se de forma natural através do voo dos adultos ou através da circulação de plantas, ou partes de plantas hospedeiras.
No que diz respeito às medidas a tomar, o Instituto aconselha a aplicar cintas adesivas nos troncos das árvores embebidas em cola à base de poli-isolbutadieno para captura das lagartas aquando da procissão de enterramento, proceder à recolha manual e queima das lagartas encontradas no solo (cuidado com os pelos urticantes) e mobilizar o solo, nos locais onde se suspeita de enterramento, para destruição das pupas. De realçar que este é um tratamento dispendioso.
“As medidas de controlo para a processionária devem ser tomadas pelos proprietários/gestores das árvores afetadas. No caso da aplicação de inseticidas, devem ser observadas as normas de higiene e segurança e só podem ser aplicados inseticidas aprovados pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), seguindo os requisitos legais de comercialização e aplicação de produtos fitofarmacêuticos, pelo que deve sempre consultar o site DGAV antes de qualquer aplicação”, explica.
A Direção-Geral de Saúde alerta que nas escolas e outros locais onde estejam presentes crianças, se impeça o acesso à zona das árvores atacadas, sobretudo na altura em que as lagartas descem da árvore.