O editorial deste mês é difícil de escrever. Sobre arte e cultura haveria muito a dizer e todas as páginas da revista seriam insuficientes. Não sou nenhuma especialista, por isso também não me alongo: corro o risco de cometer incorreções. Mas de uma coisa tenho a certeza: a arte e a cultura tornam as pessoas melhores e mais ricas.

Na edição anterior, o pensamento do mês era da autoria de António Lobo Antunes. “A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos”, citamos nós. Ortega y Gasset referiu-se à cultura como uma “necessidade imprescindível de toda uma vida”, assim como Sophia de Mello Breyner a apelidou de “estrutural”. Se não me conhece e poderá não reconhecer autoridade no que aqui escrevo, certamente não poderá dizer o mesmo destes nomes que, certamente, lhe serão familiares. Leia, escreva, visite museus, galerias, ouça música, pinte, desenhe, aprecie esculturas… e verá – tenho a certeza – a vida com outros olhos. Há tantas formas de arte que é impossível não se identificar com alguma.

Se pensa que a cultura é para alguma elite, deixe-se inspirar pela nossa visita à zet gallery, que tem toda uma equipa empenhada em aproximar a arte de todas as pessoas. Em outubro falamos também do trânsito em Braga, de formas simples de economizar energia ou de como acolher devidamente os nossos idosos em casa. Também abordamos temas como a saúde mental e mostramos-lhe um projeto incrível de uma mãe capaz de transformar grãos de arroz num universo de fantasia.

Boas leituras e até já!

Flávia Barbosa
Diretora de Informação