Estava com saudades de ver a cidade “vestida” de alegria e convívio. Depois de dois anos sem as principais festas da cidade, devido à pandemia Covid-19, Braga volta a engalanar-se e a proporcionar-nos momentos de partilha e de grande fulgor popular.

A Rampa da Falperra deu o mote. A cidade voltou a acolher a mítica prova internacional de automobilismo e não faltou emoção, com milhares de aficionados, curiosos para assistir às provas dos melhores pilotos nacionais e europeus de montanha. Já no final de maio, pudemos novamente vivenciar em pleno a Braga Romana. Ao longo de cinco dias, vivemos momentos únicos, exóticos e apaixonantes com um programa cultural e pedagógico que incluiu 72 horas de programação, 240 atuações em cinco palcos, 120 atividades pedagógicas e mais de 70 entidades associativas e escolares envolvidas no evento.

E, por fim, entramos no mês de Junho, um dos meus preferidos. Por um lado, porque dá entrada ao verão, ao bom tempo e às tradicionais e sempre apetecíveis idas à praia. Por outro, traz consigo a folia dos santos populares, festas que tanto admiro e participo. Este ano, voltaremos a viver o nosso S. João em absoluto. E assim, a cidade torna-se efetivamente muito mais bonita. As pessoas andam felizes. O comércio mais animado. A nossa casa enche-se de gente, família e amigos. Regressam os bailaricos, os arraiais, as marteladas, as rusgas, as idas desenfreadas aos carrosséis, as visitas às tendas de rua ou aos comes e bebes. Paira no ar o cheiro a sardinha assada e o aroma dos manjericos. As ruas enchem-se de cor e animação. E o S.João em Braga tem verdadeiramente uma luz especial e o dom único de unir um povo. As pessoas entregam-se de alma e coração, numa alegria única, de partilha e convívio. É, portanto, hora de festejar o regresso da tradição, da animação, do entusiasmo, da alegria, da devoção. Da maior festa popular de Portugal: o S. João de Braga!