É preciso mudar para continuar a comemorar
O Dia Mundial do Animal celebra-se a 4 de outubro. Esta data foi escolhida em 1931 durante uma convenção de ambientalistas em Florença, onde se teve em conta o facto deste dia ser também o de São Francisco de Assis, o santo padroeiro dos animais. Sendo que um dos principais objetivos da celebração deste dia passa por sensibilizar para a necessidade de proteger os animais, decidimos relembrar uma realidade que tem vindo a assombrar o planeta: a crescente extinção de espécies. A biodiversidade mundial diminuiu de forma alarmante em meio século. Neste momento, mais de 37.480 espécies correm perigo de desaparecer e as mudanças climáticas serão responsáveis pela extinção de cerca de 8% das mesmas.
Recentemente, a comunidade científica começou a debater a chamada “sexta extinção”. As cinco anteriores desenvolveram-se nos últimos 450 milhões de anos, devido, fundamentalmente, aos meteoritos e às erupções vulcânicas. A sexta extinção, no entanto, corresponde às ações do ser humano e as suas consequências.
A sexta grande extinção em números
Diminuição de populações:
- 81% de espécies de água doce
- 38% de espécies terrestres
- 36% espécies marinhas
Grandes ameaças:
- Superexploração de espécies
- Espécies invasoras e doenças
- Mudanças climáticas
- Perda de habitats
- Contaminação
Lista Vermelha das espécies ameaçadas:
- Total de espécies avaliadas : 87,967
- Total de espécies ameaçadas: 25.062
Vulneráveis: 11.507
Em perigo: 8.152
Em perigo crítico: 5.043
Uma prova concreta da crescente e acelerada redução da biodiversidade natural são os dados apresentados na última Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) referente a 2021, que inclui 134.425 espécies, das quais 37.480 estão já sob ameaça de extinção.
Se fomos capazes de provocar mudanças tão profundas também somos capazes de as corrigir. A luta contra as mudanças climáticas exige uma aposta urgente na descarbonização da economia, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa. Para isso, precisamos de: métodos mais inteligentes e eficientes de produção energética; sistemas de financiamento equitativos entre todas as energias, que não encareçam as energias limpas; apostar no consumo responsável; entre outros.