© Inês Neves
Opinião

Perspetiva Zero: Regresso às Aulas

O início de uma bela colaboração!

Integrada na Licenciatura em Ciências da Comunicação da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da UCP – Braga, a disciplina de Fotojornalismo, a meu cargo desde 2010, tem procurado dar expressão pública aos trabalhos realizados no 2º ano do curso. Procuramos treinar o olhar e ativar a curiosidade dos estudantes, convocando-os a construir pequenas peças jornalísticas ilustradas com fotografias da sua autoria. Este ano, pela primeira vez, estamos consigo, na MINHA. Estamos muito felizes com esta oportunidade e esperamos que gostem. Agradecendo a coragem de quem tão bem nos acolhe, somos CC: a Inês Neves, a Margarida Silva, a Tatiana Martins, a Rita Figueiredo e o Diogo Ribeiro. Assumimos o projeto Perspetiva ZERO – porque estamos a começar.

Luísa Magalhães
Professora Auxiliar

 

Rita Figueiredo

“O ano escolar realiza-se de uma maneira diferente com relação aos anos passados. Neste período, os alunos experimentam outra dinâmica de aulas presenciais, com o ano letivo mais longo e a diminuição das férias e tentam não manter contactos de proximidade com outros estudantes. Há ainda alunos que não retornaram as aulas presenciais, pelo sentimento de insegurança e por medo de infeção da doença.

Ainda assim, os professores e as instituições continuam a aprender e buscar melhores maneiras de passar os seus conhecimentos de forma completa e tratam para que o cenário não piore e o ano escola faça-se online novamente. 

No geral, os alunos demonstram-se empenhados para começar este ano e tentam adaptar-se a esta nova realidade.”

 

Tatiana Martins

“O surto conseguiu provar  a importância da digitalização nos mais diversos sectores da sociedade. As aulas presenciais são cruciais para a aprendizagem, socialização e crescimento pessoal, e a pandemia mostrou como as ferramentas digitais são uma mais valia para facilitar o trabalho e a escola, à distância, mas também presencial.

O regresso às aulas sempre foi a melhor altura do ano. Ainda íamos em Agosto e as crianças já só pensavam no novo material escolar. Nos cadernos de todas as formas, as canetas de todas as cores e até o estojo a combinar com a mochila. Sempre associamos a uma época feliz e a um «novo começo».  Hoje depende de nós manter essa alegria e confiar que tudo vai ficar bem.”

© Inês Neves

 

Diogo Ribeiro

“A máscara passou a ser algo imprescindível e obrigatório para entrar ou assistir a qualquer aula em todos os estabelecimentos de ensino público ou privado, a desinfeção das mãos tornou-se parte da rotina diária de qualquer estudante e por último, a maior restrição, na minha opinião, é o distanciamento social obrigatório, assim, todos os alunos têm aulas cada um na sua mesa e distanciados dos restantes colegas de turma. 

Nos intervalos, são aconselhados a manter esta mesma distância de segurança, algo difícil de pedir a jovens, uma vez que sempre estiveram habituados a conviver e relacionar-se de forma chegada. 

Embora a realidade seja diferente em todos os contextos, há já alguns meses, a adaptação é progressiva e cada pessoa é forçada a assumir uma responsabilidade social de extrema importância de modo a que o número de contágios seja controlado. Desta forma, enfrentamos uma fase da história da humanidade muito sui generis e que depende do esforço de todos para ser ultrapassada da melhor forma.”  

 

Inês Neves

“Mesmo perante a imposição de tantas medidas de segurança, são várias as pessoas a pensar que o ensino presencial não irá durar e que, num piscar de olhos, os alunos serão mais uma vez forçados a trancarem-se nos seus quartos, encarando boquiabertos os seus computadores em busca do foco que tanto necessitam para perceberem a matéria que o docente debita. (…) Para mim, o surgimento desta pandemia trouxe consigo um sentimento de perda enorme: por mim, pelos meus colegas e por alunos de outros anos e de outras instituições (…).

Desde março que vivemos em constante dúvida do que virá a seguir, do que será o nosso futuro, e estas são dúvidas com as quais ainda teremos de viver por uns tempos. Teremos de ser fortes para não temer o desconhecido e teremos, sobretudo, de tentarmos sempre adaptar-nos da melhor forma possível a este mundo tão diferente do que outrora conhecemos.”

 

Margarida Silva

“Atualmente no 2º Ano de Ciências de Comunicação consigo assumir que tive um percurso desajeitado e cheio de percalços, mas tenho orgulho nele. Aprendi imenso, conheci imensas pessoas, cresci e renovei-me como pessoa e aluna. (…) 

Concluindo e resumindo, a entrada no Ensino Superior é, realmente, um bicho de sete cabeças. É uma fase na nossa vida em que não queremos, mas precisamos, de toda a ajuda do mundo. É uma fase de introspeção pessoal, de crescimento e redescobertas de novos caminhos. E nunca é tempo perdido, é simplesmente um bilhete que te permitirá embarcar naquele mar “nunca antes navegado”. Nem todos embarcamos nas mesmas condições, mas a procura pelo sucesso, a ambição que temos em comum, faz de nós companheiros de navio.

 

 

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