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Restauração de Braga lança medidas de sobrevivência em manifesto

Foi lançado um manifesto por um grupo que integra 95 restaurantes de Braga, propondo diversas medidas de apoio que consideram fundamentais para a sobrevivência da restauração bracarense, derivada da problemática da Covid-19.

O grupo, intitulado “URBAC 19”, tem a seu cargo cerca de 1140 colaboradores, reuniu recentemente e apresenta sete pontos “que vão ao encontro das necessidades gerais” e que atentam “serem essenciais”, devendo “ser analisados, de forma a serem propostos às entidades locais e competentes”.

Fonte deste grupo chama a atenção para “a particular dificuldade em que os empresários se encontram,«uma vez que no dia 16 de março foi decretado o Horário Zero pela CM de Braga, sendo que três dias depois foi decretado o Estado de Emergência Nacional”, atualmente em vigor.  

“A partir do dia 16 março, as nossas quebras de faturação foram de 100%, pois fomos impedidos de trabalhar, situação que ainda hoje se mantém e que, infelizmente, segundo as previsões do Governo, ainda se vai manter por, pelo menos, mais 3 meses”, assinala o grupo em comunicado. 

“A agravar a esta situação, as medidas anunciadas pelo governo nada mais são do que uma mão cheia de nada, obrigando-nos hoje a criar uma dívida, para que com o futuro incerto, a tenhamos de pagar”, sublinha o URBAC 19.

“Por acharmos importante a preservação dos cerca de 1140 postos de trabalho que representamos, não querendo abrir mão do nosso maior ativo, que são os nossos colaboradores, apresentamos sete medidas que achamos fundamentais para a salvação destes postos de trabalho e, consequentemente, de muitos restaurantes”, sublinham.

As propostas são as seguintes:

1 – Lay-off adaptado onde o governo assume o pagamento integral dos salários durante o estado de emergência;

2 – Lay-off adaptado, após período do estado de emergência, durante um período de 3 meses, onde o governo assume o pagamento de 50% dos salários, isto no período de retoma de confiança do consumidor;

3 – Contribuições à Segurança Social e IRS devem ficar isentas desde o corrente mês e até que termine o período de estado de emergência, e não suspensas, como é sugerido;

4 – Após o período de estado de emergência, e durante um período de 3 meses, o governo assume uma isenção de 50% na Segurança Social e IRS; 

5 – A banca deve suspender o pagamento de financiamentos em curso; apresentar juros mais baixos que a linha capitalizar; permitir a empresas com dívidas ao estado aceder ao crédito; e permitir a empresas recentes (com o máximo de 30 meses de atividade) aceder ao crédito nas mesmas condições que as restantes, mesmo que apresentem capitais próprios negativos; 

6 – Isenção total de taxas e impostos das faturas de água/luz/gás, e suspensão sem penalização dos contratos de comunicações, tais como a SporTV, BTV, entre outros;

7 – Pagamento dos estímulos aprovados por parte do IEFP, Estágios Profissionais, Converte+, estímulo ao emprego.

O grupo termina a nota referindo que “ao longo dos anos, tem lidado com altos e baixos”, mas a situação em que estão a ser colocados “provoca um estrangulamento financeiro enorme”.

“Muitos de nós serão forçados a encerrar portas ou a reduzir as suas equipas. Salientamos uma vez mais que estamos a falar de apenas 95 restaurantes, mas que representam cerca de 1140 famílias. Estamos sensíveis à situação atual a nível nacional, mas a nossa preocupação, neste momento, passa pela salvação de todas estas famílias. A antevisão de um futuro menos bom leva-nos à criação deste memorando para que as entidades competentes façam jus à missão para a qual foram eleitas, que é de olharem pelos seus cidadãos”, concluem.

 

 

       

1 Comentário

  • Liliana Santos

    Bem, se o Estado tem milhões para pagar dívidas de bancos, agora numa situação de emergência, também terá de ter, para ajudar as empresas e famílias a garantirem o seu o seu posto de trabalho!! Caso contrário, a catástrofe não será na saúde mas sim financeira!!

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