Há um novo projeto na cidade de Braga que pretende revolucionar a forma como os cidadãos se deslocam: o BragaMove. Inspirado no metrominuto, um mapa que recolhe as características da mobilidade sem motor, “o BragaMove tem o intuito de fazer (re)pensar a mobilidade de cada um.”
Nesta primeira fase o projeto quer utilizar a zona pedonal e ciclável que já existe na zona de Braga, juntamente com as infraestruturas que servem a cidade. Desta forma, foram desenvolvidos inicialmente dois mapas: um pedonal e outro ciclável.
“Cada mapa corresponde a um conjunto de informação relativa ao tempo e distância entre pontos estratégicos da cidade. Ambos os mapas consideram como ponto central a Praça da República e têm o mesmo objetivo: mostrar possibilidades de percursos facilmente realizáveis. Os dois mapas consideram pontos estratégicos como zonas de comércio, indústria, interfaces de transportes, locais agregadores ou centrais, zonas universitárias, zonas de lazer e de desporto”, adiantam os responsáveis pelo projeto.
Para além das variáveis tempo e distância, os mapas contemplam também os declives dos percursos. Através destas informações, o BragaMove consegue dar aos utilizadores uma expectativa real sobre o caminho que irão percorrer, seja a pé ou com recurso a um velocípede sem motor.
O projeto pretende alargar a área de ação a outras atividades relacionadas com a mobilidade urbana e por isso agradece as contribuições de todos os cidadãos.
A equipa
Paulo
Atravessa Braga de bicicleta todos os dias. As deslocações casa-trabalho sensibilizaram-no para a complexidade do problema da mobilidade, levando-o a reunir uma equipa para analisar este tema.
Luísa
É professora de Biologia e Geologia e procura contribuir para um desenvolvimento ambientalmente sustentável. Defende que todas as cidades deveriam ter uma rede de transportes públicos que pudesse, efetivamente, servir as pessoas.
André
É arquiteto e trabalha em projetos de estratégia urbana. O seu interesse em modos de mobilidade suave, e em particular no ciclismo, aumentou nos últimos anos. Viu no bragamove um espaço de debate acolhedor, capaz de propor uma leitura nova e compreensível da cidade.
Miguel
Como peão e ciclista, procura trazer a este projeto a sua experiência das deslocações diárias e ambiciona uma cidade segura e com formas de mobilidade economicamente viáveis.