João Baptista da Silva Leitão de Almeida. É este o nome verdadeiro do jornalista, poeta, escritor e legislador que conhecemos como Almeida Garrett. Nasceu no Porto a 4 de fevereiro de 1799 e com dez anos mudou-se, com a família, para os Açores, fugindo das invasões francesas. A sua educação ficou a cargo de dois tios. Em 1816 ingressa na Universidade de Coimbra, em Direito.
Cinco anos depois publica a sua primeira obra, “O Retrato de Vénus”, que lhe traz os primeiros problemas com a justiça. Alvo de censura, chega mesmo a ter de comparecer em tribunal. No mesmo ano apaixona-se por Luísa Midosi, casando pouco tempo depois. Em 1823, devido às suas ideias liberais, conhece o exílio e muda-se para Inglaterra. É aí que dá os primeiros passos no Romantismo, estudando Byron e Walter Scott.
A necessidade de ganhar a vida faz Garrett mudar de país, escolhendo França como segunda casa. Nos anos seguintes, e por força do contexto político, volta a Portugal, regressa à Terceira, Inglaterra e França. Em 1836, já em Lisboa e vítima de traição, separa-se de Luísa. Em 1837 passa a viver com Adelaide Pastor, com quem terá uma filha, a sua maior paixão. Nos anos seguintes, Garrett é nomeado Cronista-mor do Reino, Inspetor-Geral dos Teatros, funda o Teatro Nacional e o jornal “A Regeneração”. Em 1853 começa a dedicar-se exclusivamente à escrita e inicia o romance “Helena”, que não chega a terminar devido a doença.
Aconselhamos a leitura
Uma peça de Teatro de rir às gargalhadas. “Falar verdade a mentir” transporta-nos até Lisboa e à vida de duas famílias burguesas e seus criados. Crítica da sociedade da época, entre amores e ambições a mentira compulsiva tem papel de destaque. Um ato em dezassete cenas que nos faz pensar.
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