O Verão de São Martinho traz-nos durante o mês de Novembro dias de sol que permitem fazer uma escapadinha a locais que não conhecemos e queremos muito conhecer, ou então locais que já visitamos, mas queremos muito lá voltar. E, neste caso, confesso, é um dos locais que já conheço e que nunca me canso de lá voltar. Falo-vos de Vila Nova de Cerveira.
Chegar a esta vila do Alto Minho é extremamente simples. O percurso, para quem está em Braga, tem algumas opções, umas mais rápidas, outras para serem feitas com tempo. E quando vos falo de ter tempo, é sair cedo de manhã em direção a Esposende, seguindo depois até Viana do Castelo. Aqui, uma pequena pausa para comer uma bola de Berlim é sempre bem vinda, para depois voltar ao caminho, pela Estrada Nacional 13. Com muitos troços limitados a 50 quilómetros/hora, vale mesmo a pena respeitar este limite de velocidade para apreciar toda a costa atlântica, as praias do distrito de Viana do Castelo, até Caminha. Em Moledo, é obrigatório parar para apreciar, mesmo no local onde o rio Minho dá corpo ao oceano Atlântico, o Forte da Ínsula, que antes de ser Forte foi convento.
Continuando pela EN13, deixamos a costa, e é o rio Minho quem nos faz companhia até ao nosso destino: Vila Nova de Cerveira, a Vila das Artes. Aqui chegados, preocupe-se, apenas, em arranjar um local para estacionar o carro porque, a partir de agora, tudo é feito a pé.
Em Vila Nova de Cerveira, sede da Bienal de Cerveira, um dos desafios é visitar esta vila através da arte, que podemos encontrar a cada esquina. De dois em dois anos, aqui realiza-se um dos certames de arte mais importantes do país, com reconhecimento a nível internacional. Durante a Bienal de Cerveira, são muitas as atividades que acontecem pela vila, com a participação da população e das muitas pessoas que ali acorrem nos meses do certame. No final do certame, é hábito um artista deixar uma das peças na vila, oferecendo-a ao município. São estas peças de arte que somos desafiados a descobrir pelas ruas de Vila Nova de Cerveira. No Posto de Turismo, para ajudar, há um guia, com o mapa da vila, que nos ajuda a localizar os trabalhos dos artistas. É um instrumento que se pode revelar precioso, na medida em que nos ajuda a identificar a peça e o seu autor. Se me perguntar: quantos trabalhos podemos ver? Sinceramente, não lhe sei responder. Mas garanto-lhe que são muitos, colocados nos mais diversos locais da vila e que permitem dizer, com toda a certeza, que esta é a Vila das Artes. No final, não convém logo regressar a casa sem antes descansar um bocadinho. O parque de lazer do Castelinho é de visita obrigatória. Tem parque infantil para os mais pequenos, tem bancos e mesas para comer um lanchinho trazido de casa e, sobretudo, tem uma panorâmica para o rio Minho e para margem galega que não se deve perder.
E, se ainda tiver fôlego, aqui também há campos de jogos de usufruto gratuito e muito bem cuidados, onde se pode jogar futebol ou basquetebol. E se gostar de mini golfe, também tem esta opção.
Se ainda tiver tempo, ou se tiver decidido passar o fim de semana por aqui, o Aquamuseu do rio Minho, situado neste parque de lazer do Castelinho, é uma excelente opção. Sem sair de Vila Nova de Cerveira, pode fazer uma viagem pelo rio Minho, desde Melgaço até à foz, em Caminha, conhecendo todos os peixes que povoam estas águas doces. Pena é estarmos no Outono e não podermos usufruir dos jogos com água que este museu tem no exterior e que fazem as delícias dos mais pequenos nos dias quentes de Verão.