Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de outubro de 1922. Interessou–se desde muito nova pelos livros, passando horas na biblioteca do avô, onde devorou os primeiros clássicos. Com dez anos foi para o Porto estudar, mas é apenas em 1950 que para lá se muda permanentemente.

Foi lá que casou com Alberto Luís, que conheceu a partir de um anúncio publicado no “Primeiro de Janeiro”, em que manifestava intenção de se corresponder com uma pessoa culta. É em 1949 que se estreia como romancista com “Mundo Fechado”, mas o reconhecimento nacional só chegaria com a publicação d’ “A Sibila”, em 1954.

Ao longo da sua vida escreveu dezenas de romances, contos, peças de teatro, biografias, crónicas de viagem, ensaios e livros infantis.  Alguns dos seus romances foram adaptados para cinema por Manoel de Oliveira, como “Fanny Owen” ou “A Mãe de um Rio”. Também a peça “As Fúrias” foi adaptada e encenada por Filipe La Féria. Agustina Bessa-Luís faleceu a 3 de junho deste ano e deixou a Portugal e ao mundo uma herança literária inquestionavelmente valiosa.

Fanny Owen

Agustina Bessa Luís gostava tanto de Camilo Castelo Branco que fez dele uma das personagens principais de “Fanny Owen”. O livro conta-nos a história de José Augusto, um homem tão rico e culto quanto fútil, que se apaixona pela encantadora Fanny Owen, uma jovem mulher inglesa. O problema é que José Augusto não é o único a apaixonar-se.

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