Editorial

Todas as palavras serão parcas

Esta é uma edição muito agridoce.

Tínhamos escolhido a temática do amor em virtude do mês de fevereiro. Idealizamos uma edição alegre, colorida e feliz. A verdade é que a conseguimos, mas com muito pesar por trás de cada linha e imagem.

Janeiro levou-nos um dos nossos pilares, o Cónego Fernando Monteiro. O “pai” da Minha, que tão carinhosamente batizou há mais de uma década. 

Faço parte da geração mais nova do Grupo Diário do Minho, por isso sou das pessoas que menos privou com o Cónego Fernando. Conheço-o, no entanto, há muitos anos. E desde que aqui cheguei, muitos dos seus ensinamentos me foram transmitidos por outras pessoas que com ele cresceram.

Homem bondoso, acreditava no coração das pessoas. Acreditava no poder do amor, na reabilitação, no perdão, em segundas oportunidades. Homem de grandes causas, tirou do seu próprio bolso para dar aos mais frágeis. Homem forte, audaz e determinado, podemos dizer que construiu um império alicerçado em inteligência, tenacidade e muitas noites sem dormir.

Este é, de forma muito resumida, o “pai” da Minha.
A nossa responsabilidade é enorme quando temos um pilar assim. Desde o início que a revista afirmou querer trabalhar com o coração e aliar-se a causas solidárias. Prometemos também ser transparentes e rigorosos. Não importa tanto sermos os melhores, mas sim darmos o melhor de nós a cada dia. Facilmente se percebe onde fomos buscar a nossa inspiração, aquilo que define a nossa essência.

Cabe-nos a continuação do precioso legado que nos deixou o Cónego Fernando. Esta edição é-lhe dedicada com todo o amor e carinho, com a saudade a inundar-nos o coração. O tema já tinha sido definido e parece-nos não haver melhor para o homenagear.

Todas as palavras e dedicatórias serão parcas. “Gratidão”: talvez seja a que melhor define o nosso estado de espírito de momento. Agora temos um grande Amigo a olhar por nós a cada momento. Obrigada, Cónego Fernando Monteiro. Até já!

Querido leitor, deixo-o com um número em que o amor fala mais alto, em que se afigura como o motor do mundo. Da nossa parte, uma promessa: trabalhar sempre com o coração.  Obrigada!

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