O Dia Mundial do Braille assinala-se a 4 de janeiro, marcando o dia do aniversário do seu criador, Louis Braille. Louis nasceu em 1809, em França. Depois de um acidente durante a sua infância ficou cego, mas rapidamente se adaptou à sua nova condição de vida. Com apenas 15 anos criou o sistema que hoje conhecemos como Braille e devolveu a luz a quem se encontrava na escuridão.
Porque se festeja este dia?
Esta data é importante porque relembra a importância da inclusão e autonomia daqueles que são invisuais ou se deparam com grandes dificuldades relativas à visão. Independentemente das suas habilidades, todas as pessoas merecem – e legalmente têm esse direito – ter acesso a vários serviços básicos. Se pensarmos bem, a maioria das instituições públicas ainda não fornece literacia ou documentação em Braille. Nas instituições privadas verifica-se o mesmo aspeto: um cego não tem o direito de perceber e escolher um menu num restaurante? Ou de manter os seus dados privados na altura de pagar com multibanco?
Atualmente são muitas as tecnologias que já permitem ajudar os invisuais, como a audiodescrição e os audiolivros. Ainda assim, o Braille continua a afigurar-se como o sistema com menor taxa de erro, aquele que é capaz de transmitir informações de forma fiel e fidedigna.
No Dia Mundial do Braille deixamos-lhe algumas curiosidades sobre o sistema que mudou a vida dos invisuais por todo o mundo.
1. O Braille começou por ser uma tática militar chamada “escrita noturna”. Foi desenvolvida em 1819 pelos militares franceses de forma a poderem comunicar à noite sem falar ou usar velas, para manterem indetetável a sua presença. Foi neste sistema que o pequeno Louis se inspirou.
2. Há um asteróide chamado Braille, batizado em 1999 pela NASA como homenagem a Louis.
3. O Braille ocupa bastante mais espaço do que o alfabeto tradicional, por isso os livros em Braille são geralmente muito mais largos que os originais.
4. O Braille não é uma língua, mas sim um alfabeto tátil que pode ser utilizado para escrever em qualquer idioma.
5. Há uma versão específica de Braille para aprender matemática, chamada “Código Nemeth”, capaz de reproduzir matemática, álgebra e cálculo.