Destaque entrevista

FERNANDO FERNANDES, MANUEL TRANCAS E SÍLVIA SÁ | EQUIPA DO ATELIER FINANCEIRO «O nosso papel é simplificar, proteger e orientar. A proximidade cria segurança»

Num contexto financeiro cada vez mais complexo e exigente, o Atelier Financeiro assume-se como um parceiro especializado na orientação de famílias e particulares, combinando mais de duas décadas de experiência bancária com um modelo de acompanhamento próximo, técnico e profundamente humano. Em Braga desde 2021, a equipa composta por Sílvia Sá, Manuel Trancas e Fernando Fernandes tem-se destacado pela capacidade de transformar processos densos em decisões claras, defendendo sempre a transparência, a personalização e a segurança de cada operação. Nesta entrevista, explicam como se diferenciam no mercado, qual o verdadeiro papel do intermediário de crédito e por que razão continuam a ser, acima de tudo, facilitadores de decisões e de sonhos.

O Atelier Financeiro nasceu em 2021, mas assenta numa experiência de mais de 20 anos no setor. O que motivou a criação desta marca e quais foram os principais desafios na sua implantação em Braga

Embora o Atelier Financeiro tenha nascido em 2021, o projeto resulta de mais de 20 anos de experiência na banca, especialmente na área do crédito habitação. Ao longo desse percurso, percebemos que muitas famílias continuam a tomar decisões financeiras importantes sem o acompanhamento técnico adequado. Sentimos que existia espaço e sobretudo necessidade para criar um serviço especializado, próximo e verdadeiramente centrado nas pessoas. Em Braga, o grande desafio foi mostrar que este modelo faz a diferença. Num mercado onde existem muitos operadores, era essencial demonstrar que a experiência que trazemos da banca permite analisar, negociar e acompanhar cada processo com rigor e previsibilidade. A confiança construiu-se passo a passo, com transparência, proximidade e resultados consistentes.

«O intermediário de crédito transforma um processo complexo num caminho claro»

Num mercado ainda relativamente recente para muitos portugueses, como explicam o papel do intermediário de crédito e a sua importância no contexto atual?

O intermediário de crédito é, acima de tudo, alguém que transforma um processo complexo num caminho claro. Não fazemos apenas comparações de taxas. Conhecemos os produtos, as políticas de risco, os critérios de aprovação e a lógica interna de cada banco. Ao mesmo tempo, analisamos a realidade e os objetivos do cliente. É deste cruzamento que nasce a solução certa. Hoje, com maior sensibilidade à taxa de esforço e ao impacto das decisões financeiras no orçamento familiar, o intermediário torna-se ainda mais relevante. Pequenas diferenças na preparação do processo podem significar aprovações mais rápidas, condições mais favoráveis e menos incerteza. O nosso papel é simplificar, proteger e orientar.

De que forma o Atelier Financeiro se diferencia em acompanhamento, personalização e relação com o cliente?

A diferença está na forma como trabalhamos e na experiência que carregamos. Cada elemento da equipa tem mais de 20 anos de banca, o que nos permite interpretar cada caso não só com conhecimento técnico, mas também com um sentido prático que só a experiência traz. Acreditamos que cada cliente tem uma história própria, e não apresentamos soluções “pré-feitas”. Recolhemos informação, analisamos o contexto, cruzamos com as políticas das instituições e construímos um caminho à medida. E nunca desligamos após a aprovação. O acompanhamento continua ao longo da vida do crédito: revisões de taxa, renegociações, seguros e todas as mudanças que inevitavelmente surgem. É esta presença contínua que cria confiança.

Têm parcerias com diversas instituições bancárias e financeiras. Como é que esse leque de protocolos se traduz em vantagens para o consumidor?

Trabalhar com várias entidades permite comparar soluções de forma justa e imparcial. Cada banco tem produtos diferentes, critérios próprios e tolerâncias distintas na avaliação de risco. Conhecendo bem estas diferenças – e conhecendo a fundo o cliente – conseguimos direcionar cada processo para onde tem maior probabilidade de aprovação e melhores condições. Para o consumidor, isto traduz-se em mais competitividade, maior clareza das propostas, ganho de tempo e decisões muito mais informadas. No fundo, oferecemos numa só mesa aquilo que, no modelo tradicional, obrigaria o cliente a percorrer balcões diferentes.

Quais são os critérios fundamentais de análise quando desenham uma proposta de financiamento?

O ponto de partida é sempre o cliente: quem é, qual a sua estabilidade, que obrigações tem, quais os seus objetivos e o que será sustentável a médio e longo prazo. Depois, avaliamos várias possibilidades, como a taxa de esforço e a sua evolução em diferentes cenários; a consistência dos rendimentos; o enquadramento do imóvel ou do projeto; o historial financeiro; ou o cruzamento entre o perfil do cliente e a política de risco de cada banco. O objetivo nunca é apenas obter aprovação, mas certamente garantir que a solução é segura, equilibrada e ajustada ao futuro de cada pessoa.

No vosso método de trabalho destacam a análise de necessidades, a negociação e o acompanhamento contínuo. Quando é que este acompanhamento se torna mais crítico?

Sempre que algo muda: na vida do cliente ou no mercado. Revisões de taxa, alterações profissionais, mudanças familiares ou custos inesperados são momentos em que um aconselhamento especializado faz diferença. É nesses momentos que ajudamos o cliente a ajustar, renegociar ou simplesmente compreender o impacto das mudanças. Também nos seguros o acompanhamento é fundamental. Muitas pessoas pagam coberturas excessivas ou insuficientes. Ajudamos a equilibrar proteção e custo, sem comprometer a segurança.

«Reunimos várias instituições numa só mesa, garantindo imparcialidade e decisões verdadeiramente informadas»

Observa-se um encerramento progressivo de agências bancárias físicas. Que impacto tem esta realidade na procura pelos vossos serviços?

O encerramento de balcões não significa ausência da banca, significa apenas que o modelo de atendimento mudou. As pessoas continuam a precisar de orientação humana. E é aqui que o intermediário assume um papel complementar. Na prática, ocupamos o espaço físico que os bancos deixaram, mas com uma vantagem: reunimos várias instituições no mesmo local. Enquanto cada banco oferece apenas a sua solução, nós apresentamos várias. Funcionamos como uma espécie de “centro comercial financeiro”, onde o cliente encontra diferentes alternativas, explicadas de forma clara e imparcial. Ganha o cliente, ganham os bancos que recebem processos melhor preparados e ganhamos nós, ao contribuir para decisões mais seguras.

Falando especificamente de crédito habitação, qual é o perfil de cliente que vos procura e que tendências identificam no mercado imobiliário?

O perfil de quem nos procura é muito variado: jovens que compram a primeira casa, famílias que precisam de mais espaço e particulares investidores que procuram soluções de apoio à atividade. Mas temos visto crescer um grupo muito específico: profissionais ocupados, com pouco tempo para comparar bancos, analisar propostas e acompanhar o processo. Procuram-nos porque querem decisões rápidas, claras e tecnicamente fundamentadas, sem perder horas em burocracias. Há também uma preocupação maior com a segurança da operação. Ao recorrerem a financiamento bancário, os clientes não estão apenas a obter crédito – estão a reduzir riscos, já que a própria banca valida toda a documentação do imóvel: registos, cadernetas, licenças e enquadramento urbanístico. Este controlo adicional dá confiança e evita surpresas futuras. No mercado imobiliário, observamos três tendências principais: maior seletividade na escolha do imóvel, maior atenção à taxa de esforço e uma procura crescente por informação rigorosa. Entre os mais jovens, mantém-se o interesse pelo IMT Jovem e pelas soluções que permitem financiamento até 100%, embora continue sempre a ser necessário algum capital para as despesas iniciais.

Na esfera do crédito pessoal, automóvel e consolidado, quais as principais motivações e preocupações dos clientes?

No crédito pessoal, a motivação passa muitas vezes por projetos específicos: obras, formação, viagens ou necessidades pontuais. A preocupação principal é garantir que a prestação encaixa no orçamento. No crédito automóvel, procuram previsibilidade e clareza sobre o custo total do financiamento. No consolidado, o objetivo é recuperar tranquilidade: simplificar compromissos, reduzir encargos e reconstruir equilíbrio financeiro. Analisamos sempre se faz sentido consolidar e só avançamos quando melhora realmente a situação financeira das famílias.

Referem-se frequentemente como facilitadores de sonhos. Podem partilhar exemplos?

Quando nos referimos a “facilitadores de sonhos”, estamos a descrever exatamente aquilo que vivemos todos os dias. Sem partilhar casos concretos – porque a privacidade dos nossos clientes é um valor absoluto – podemos afirmar que cada família que ajudamos a conquistar a sua casa é a verdadeira razão de ser do Atelier Financeiro. Acompanhar alguém que alcança um objetivo que julgava difícil, e sentir que o nosso apoio fez a diferença, é o que nos motiva a manter o rigor e a proximidade que nos caracterizam. Com o tempo, esta dedicação acaba por nos aproximar das famílias que acompanhamos. Em muitos casos, deixamos de ser apenas intermediários e passamos a ser parte da sua história. Temos clientes que acompanhamos há vários anos e já tivemos o privilégio de ajudar duas gerações da mesma família – primeiro os pais, agora os filhos – a concretizar o mesmo sonho. Essa continuidade reforça o sentido do nosso trabalho e a responsabilidade que assumimos em cada processo. No fundo, cada casa conquistada é muito mais do que um financiamento aprovado: é um projeto de vida tornado realidade. E é isso que nos inspira diariamente.

Além do crédito, atuam na mediação de seguros, mas não na mediação imobiliária. Como é que esta opção reforça a vossa competitividade?

Focarmo-nos no crédito e nos seguros permite-nos ter uma visão integrada e imparcial. Não atuarmos como mediadores imobiliários evita conflitos de interesse e garante total independência. Trabalhamos com agentes, mas cada um no seu papel. O cliente recebe aconselhamento técnico, neutro e orientado exclusivamente para o seu bem-estar financeiro.

«A confiança nasce da forma como trabalhamos todos os dias»

Transparência, confidencialidade e rigor são valores essenciais. Como garantem que são cumpridos?

Com processos internos definidos, proteção rigorosa de dados, acessos controlados e formação contínua. Explicamos cada passo, fundamentamos cada decisão e tratamos a informação do cliente com absoluto cuidado. A confiança nasce da forma como trabalhamos todos os dias.

Que importância assume a formação contínua?

Total. O setor muda constantemente e, mesmo com mais de 25 anos de experiência, continuamos a atualizar-nos sobre legislação, políticas de risco, novos produtos e boas práticas. É esta combinação – experiência profunda e formação constante – que garante um serviço seguro e especializado.

Como têm lidado com a volatilidade recente dos mercados?

Com acompanhamento próximo e informação clara. Monitorizamos condições, antecipamos cenários e avaliamos cada caso com detalhe. Quando o cliente entende o que está a acontecer, deixa de sentir receio e passa a tomar decisões com confiança.

Que mensagem deixam a quem procura soluções financeiras e não sabe por onde começar?

Que não precisa de começar sozinho. O mundo financeiro pode parecer complexo – cheio de números, termos técnicos e decisões que pesam – mas tudo se torna mais claro quando alguém te explica cada passo com calma e traduz a linguagem dos bancos para a linguagem de pessoas. Muitas vezes, o mais importante não é escolher logo o banco ou o prazo; é falar primeiro com alguém que te escute, que compreenda a tua realidade e que te ajude a construir um caminho seguro e transparente. É assim que um salto no escuro se transforma num passo firme. No Atelier Financeiro acreditamos que cada história é única. Cada família merece tempo, atenção e respeito. Por isso, encorajamos sempre a fazer perguntas, esclarecer dúvidas e procurar apoio – porque quando está em causa a estabilidade e o futuro, não existem questões pequenas. E como esta entrevista integra a edição de dezembro, deixamos também um voto especial: um Natal sereno para todas as famílias e um 2026 cheio de saúde, conquistas e sonhos concretizados. Que seja um ano leve e cheio de boas decisões. E, se precisarem de nós, estaremos aqui para ajudar a construí-las.

 

 

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