“A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita”

Mohandas Karamchand Gandhi nasceu a 2 de outubro de 1869 em Porbandar, Índia. Tornou-se um dos líderes espirituais e políticos mais respeitados de sempre e ajudou a libertar o povo indiano do domínio britânico através da resistência não-violenta. O povo indiano intitulou-o inclusive de “Mahatma”, que significa Grande Alma. Ao longo da sua vida Gandhi foi altamente influenciado por Thoreau, Tolstoy, Ruskin e, acima de tudo, pela vida de Jesus Cristo. Aos 13 anos, casou-se com Kasturba, uma menina da mesma idade. Tiveram quatro filhos. Gandhi estudou direito em Londres e retornou à Índia em 1891. Dois anos depois, foi fazer trabalhos jurídicos na África do Sul, onde esteve durante 21 anos a trabalhar para garantir os direitos do povo indiano, período onde desenvolveu um método de ação baseado nos princípios de coragem, não-violência e verdade chamado “Satyagraha”. Ele acreditava que a maneira como as pessoas se comportam é mais importante do que o que elas alcançam. Em 1915, Gandhi retornou à Índia e, em 15 anos, tornou-se o líder do movimento nacionalista indiano. Liderou a campanha pela independência da Índia da Grã-Bretanha, tendo sido preso várias vezes pelos britânicos. Contudo, acreditava que era honroso ir para a prisão por uma causa justa. Mais de uma vez, Gandhi usou o jejum para incutir nos outros a necessidade de não ser violento. A Índia obteve a independência em 1947 e foi dividida em Índia e Paquistão. Seguiram-se tumultos entre hindus e muçulmanos. Gandhi tinha sido um defensor de uma Índia unida, onde hindus e muçulmanos viviam juntos e em paz. A 13 de janeiro de 1948, aos 78 anos, iniciou um jejum com o objetivo de interromper o derramamento de sangue. A sua ação resultou e, passados cinco dias, parou o jejum, tendo sido, no entanto, assassinado, 12 dias depois, a 30 de janeiro de 1948, por um fanático hindu, Nathuram Godse, que se opunha ao seu programa de tolerância a todos os credos e religiões.