Acreditava no poder do amor, na reabilitação, no perdão, em segundas oportunidades. Homem de grandes causas, tirou do seu próprio bolso para dar aos mais frágeis. Homem forte, audaz e determinado, podemos dizer que construiu um império alicerçado em inteligência, tenacidade e muitas noites sem dormir. Este é, de forma muito resumida, o “pai” da Minha.
Numa das últimas entrevistas que deu, afirmou não querer ser recordado: “rezem por mim apenas”.
Este é, provavelmente, o único pedido que nos fez e que não conseguimos (nem queremos!) atender. Recordar o Cónego Fernando é lembrar que até os problemas que parecem intransponíveis têm solução. É lembrar que é sempre possível fazer mais e melhor. É recordar que é possível dar sem esperar nada em troca. É querer o Bem.
Não será ao acaso que, chegado este dia – um ano após o falecimento do Cónego Fernando –, tantos amigos, irmãos e colegas ainda o recordem. Alguém capaz de semear este carinho por todos os locais por onde passou, só pode ser alguém verdadeiramente excecional.
Fazemos memória do Cónego Fernando não apenas hoje, mas todos os dias. Ele está em cada linha, cada imagem, cada edição da revista Minha. Está permanentemente nos nossos pensamentos e corações, lembrando-nos que todos precisamos de uma certa “loucura saudável” para ir mais além. Está nas nossas orações, todos os dias.
Que a memória do Cónego Fernando em nós permaneça sempre, lembrando-nos que devemos sempre almejar o máximo: o eterno insatisfeito, o que busca a perfeição, mesmo que nunca a alcance, será sempre aquele que soube viver realmente o dom da vida.
Obrigada, Cónego Fernando, pelo precioso legado que nos deixou. Até já!
Flávia Barbosa
Diretora de Informação